Mosteiro de Mancelos

Informação

O Mosteiro de Mancelos ergue-se nas proximidades de Amarante e nos limites da diocese do Porto, num lugar onde ainda hoje prevalece a agricultura como principal atividade. Desde sempre, e particularmente na Idade Média, que os mosteiros se mostraram muito atraídos pelos férteis terrenos agrícolas, daí advindo a sua principal subsistência. E estes, tanto melhores se mostravam se permitissem a prática da pastorícia e se, nas suas proximidades, possuíssem bosques para o fornecimento da tão fundamental madeira.

Conforme dados da Bula de Calisto II, este cenóbio já existia pelo menos em 1120, pelo que a sua fundação é, com certeza, anterior, coincidindo com o período de vida de Garcia Afonso e Elvira Mendes, primeiros da linhagem dos Portocarreiros.

Foi aos descendentes destes, nomeadamente aos Fonsecas, que Mancelos passou como padroado e espaço eclesial familiar, verdadeiro paradigma das igrejas próprias. Efetivamente no século XIV são em número impressionante os familiares deste Mosteiro, que nele reclamavam direitos.

Em 1540 D. João III doou Mancelos aos religiosos de São Gonçalo de Amarante, o que o papa Paulo III confirmou dois anos mais tarde. Mancelos tornar-se-á a partir de então um polo da ação administrativa e evangelizadora dos Pregadores amarantinos, tornando-se um dos complexos monásticos mais importantes daquela Ordem, em Portugal.

No interior, apenas o arco triunfal permanece como elemento remanescente da época românica, apesar de os seus capitéis se mostrarem hoje picados, pois a época moderna sobrepôs-lhes elementos entalhados que as intervenções de restauro do século XX removeram. As arquivoltas não têm qualquer decoração e a imposta é idêntica à do portal principal.

 

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